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O segredo que compartilhamos

Título/title: O segredo que compartilhamos (The secret we share), XII
Dimensões/dimensions: 30 x 30 cm
Data/date: 2018
Título/title: O segredo que compartilhamos (The secret we share), XI
Dimensões/dimensions: 30 x 30 cm
Data/date: 2018
Título/title: O segredo que compartilhamos (The secret we share), X
Dimensões/dimensions: 30 x 30 cm
Data/date: 2017
Título/title: O segredo que compartilhamos (The secret we share), IX
Dimensões/dimensions: 30 x 30 cm
Data/date: 2017
Título/title: O segredo que compartilhamos (The secret we share), VIII
Dimensões/dimensions: 30 x 30 cm
Data/date: 2017
Título/title: O segredo que compartilhamos (The secret we share), VII
Dimensões/dimensions: 30 x 30 cm
Data/date: 2017
Título/title: O segredo que compartilhamos (The secret we share), VI
Dimensões/dimensions: 30 x 30 cm
Data/date: 2017
Título/title: O segredo que compartilhamos (The secret we share), V
Dimensões/dimensions: 30 x 30 cm
Data/date: 2017
Título/title: O segredo que compartilhamos (The secret we share), IV
Dimensões/dimensions: 30 x 30 cm
Data/date: 2017
Título/title: O segredo que compartilhamos (The secret we share), III
Dimensões/dimensions: 30 x 30 cm
Data/date: 2017
Título/title: O segredo que compartilhamos (The secret we share), II
Dimensões/dimensions: 30 x 30 cm
Data/date: 2017
Título/title: O segredo que compartilhamos (The secret we share), I
Dimensões/dimensions: 30 x 30 cm
Data/date: 2017
'O segredo que compartilhamos' é uma série em progresso, sem previsão de encerramento, representando a convivência do artista com fármacos no tratamento de um transtorno depressivo. É um eixo criativo onde ele expressa graficamente a própria janela terapêutica, que é o intervalo entre a concentração que causa efeito terapêutico e a concentração que passa a causar intoxicação. É a zona de concentrações em que é observado o efeito farmacológico sem a observação de efeitos colaterais.
Colocando esses aspectos literalmente na ponta do lápis, graças aos pequenos amigos 6B, 9B e o piromaníaco fusain, queimado artesanalmente no fundo de quintal a partir de galhos de carvalho, o artista retrata artisticamente a propagação dos efeitos conforme se manifestam, incluindo as interrupções de medicamento e a administração de substitutos, assim como as incursões mínimas e incidentais com psicotrópicos. São uma espécie de infográficos psiquiátricos, monitorando a expansão dos químicos formatados como imagens do inconsciente.

Cada ilustração concluída também equivale a um episódio psicótico avaliado como metanoia junguiana, o qual poderia ser definida como peça de uma reconstrução psicológica positiva, um processo de reforma da psique onde a identidade seria reprogramada, um micro-rito de passagem finalizado com manipulação digital. Em algum momento, as ilustrações serão serializadas e colocadas em ordem arcana, como equivalentes às cartas de tarot, e decodificadas em vão, através de devaneios verborrágicos e delírios desgarrados. Até lá, as ilustrações seguem feito hemorragias nas pontas dos dedos que seguram cada lápis, com os níveis de basais de concentração de metais presentes no grafite, encapsulado pelas madeiras, contendo toda essa pressão urgente em se tornar visível.

Além da catarse obtida com as ilustrações, o artista ainda utiliza como válvula de escape duas extensões sonoras da janela em forma de áudio, concebidas graças à síntese modular e gravações de campo. 'Silêncio de Origem Desconhecida' é um projeto mais introspectivo e climático, constituído de camadas obtidas com overdubs, enquanto 'Fratura Consciencial' resgata o ruído e a agressividade cíclica da música industrial nos anos 80, conciliada ao atual minimalismo techno.
O segredo que compartilhamos
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