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Reminiscências urbanas

Quem terá sido o génio que tapou o rio com prédios e o céu com cabos?
In Medianeras de Gustavo Taretto (2011) 
No que toca à conservação da Natureza, o homem é descrito como um ser semelhante ao cancro, numa tentativa exaustiva de se apoderar de algo que não lhe pertence, destruindo-o. Há uma necessidade de apropriação, usando o pretexto de se abstrair de um mundo que ele próprio criou.
O conjunto de imagens relaciona-se com a luta entre mundo vs homem nesse sentido: temos imagens de uma quinta, outrora desabitada, que foi apropriada por alguém com o intuito de se refugiar do caos urbano. Vendo-se limitado e sem qualquer ligação com as suas posses, entrou numa fase de total desespero e sentiu a necessidade de colocar objetos que já o perseguem no dia-a-dia, acabando por colocar elementos descabidos em locais que não lhes pertencem.
Este projeto pretende retratar a ironia de situações muito comuns onde o ser humano se isola em meios naturais, sem conseguir abdicar da sua comodidade. No entanto, o conforto deste ser consegue-se através da colocação desses objetos no espaço e não do seu funcionamento. 
Reminiscências urbanas
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Reminiscências urbanas

A representação fotográfica da Paisagem

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