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Encarando a auto-publicação como um “espaço” de livre pensamento e crítica, a base deste projecto será o reviver de uma obra tão fascinante e tão portuguesa - a Mensagem, de Fernando Pessoa. Sendo esta obra tão conhecida pelo seu misticismo e por retratar o glorioso passado português, será tratada de forma revivalista, pegando no passado para falar do presente português.
Nem rei nem lei, nem paz nem guerra,
Define com perfil e ser
Este fulgor baço da terra
Que é Portugal a entristecer -
Brilho sem luz e sem arder,
Como o que o fogo-fátuo encerra.
Ninguém sabe que coisa quer.
Ninguém conhece que alma tem,
Nem o que é mal nem o que é bem.
(Que ânsia distante perto chora?)
Tudo é incerto e derradeiro.
Tudo é disperso, nada é inteiro.
Ó Portugal, hoje és nevoeiro...
É a Hora!
Valete, Frates
Fernando Pessoa