Imaginaves - Virada Cultural 2021

Video mapping + concept

O hipercentro de Belo Horizonte, particularmente o baixo centro, reflete um histórico cíclico de ocupação e desocupação cultural. Historicamente, fora abandonado pelas autoridades e pelos movimentos artísticos por décadas e talvez por séculos, desde a criação de cidade de Belo Horizonte até o começo do século XXI.  Tal cenário, caracterizado pela pobreza, sujeira, poluição e abuso de drogas e álcool, sofreu uma enorme reviravolta com os movimentos artísticos belorizontinos da última década, se transformando em um polo cultural. Infelizmente, todo esse legado sofreu um retrocesso desde o começo da pandemia. O quarteirão voltou ao estágio de abandono, parecendo não ter vivido sua curta década de esplendor cultural.
Com o objetivo de dar mais vida e ocupar de forma artística os espaços urbanos trazendo conceitos de resistência, liberdade e igualdade social, o projeto Imaginaves propõe a realização de projeção de cenas de aves no conjunto arquitetônico do baixo centro, interagindo não somente com as ruas, muros e empenas, mas com as artes gráficas urbanas, particularmente os grafites e pichações. 
A arte urbana, desde o pixo (pichação) ao grafite são elementos arquitetônicos e artísticos que denunciam e resistem as desigualdades e o censo de propriedade privada. Imaginaves busca através das referências e atuação conjunta com a arte urbana pré-existente, criar um desequilíbrio e tensão entre os elementos de natureza e urbanidade.
Pretende-se criar o sentimento de espanto, liberdade inusitada e realidade onírica para os habitantes da insalubre Belo Horizonte. Nessa perspectiva, nada mais representativo da esperança do que as aves. O voo, o canto os comportamentos, tudo inspira liberdade. Os muros, as grades, cercas elétricas não podem barrar o voo e nem o sonho. O céu é comum, de todas e todos.
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