Projeto de reabilitação, conservação e restauro do Museu Histórico de Divinópolis - MG (Ana Laura Pereira/Deborah Cezar/Caroline Lima/Felipe Fonseca/Gabriel Andrade/Jovita Silva - 7º Período - Una Divinópolis)
O sobrado, que atualmente abriga o museu de Divinópolis, é o mais antigo casarão do município de Divinópolis, sendo o último remanescente da arquitetura do século XIX na cidade e possui algumas peças históricas, além de exposições. O imóvel foi construído em 1830 e está localizado no Largo da Matriz, atual Praça Dom Cristiano, próximo à Catedral do Divino Espírito Santo.
Em 15 de dezembro de 1988, o casarão se tornou o primeiro bem cultural tombado pelo Município, por intermédio da Lei Municipal n° 2.456. Atualmente, ele é símbolo das históricas lutas da comunidade em defesa do patrimônio cultural existente.
O projeto possui três objetivos: avaliar o atual estado de conservação da edificação tombada, identificando as principais patologias; indicar as soluções para as patologias encontradas afim de se restaurar o bem; e, por fim, propor um novo uso para o edifício, com o propósito de torná-lo um espaço vivo.
Planta de Situação cedida pela Prefeitura Municipal de Divinópolis
1. Avaliação do estado de conservação e identificação de patologias
2. Soluções de patologias
O sobrado apresenta várias patologias em todos os ambientes, algumas são piores e afetam diretamente a estrutura, outras podem ser solucionadas mais facilmente, conforme pode ser observado abaixo.
3. Proposta de intervenção
O Sobrado foi pensado para ser uma casa de cultura para os artistas mineiros, especialmente os artistas de Divinópolis e da região Centro-oeste, bem como para a população divinopolitana e das cidades vizinhas.
Além de restaurar o antigo sobrado, que mais recentemente abrigava o museu municipal, foram projetados dois anexos com o intuito de atender todas as necessidades que o Sobrado precisaria. Isto porque o espaço conta com variados ambientes, tendo no pavimento térreo uma cozinha mineira com os mais deliciosos e tradicionais pratos de Minas Gerais, além de uma área de shows de pequeno porte para apresentações musicais, stand ups, coquetéis de lançamentos de livros, etc.
Já no segundo pavimento, estão instaladas uma sala de exposições temporárias que visa projetar os artistas do município e da região, servindo como uma vitrine para que estes possam apresentar seus trabalhos e obras de artes; um centro de memória da história divinopolitana que conta com exposição de peças do antigo museu municipal; e uma sala multimídia onde os visitantes podem conhecer tudo sobre a história da cidade através de conteúdo audiovisual que será produzido com a ajuda de historiadores, cinegrafistas, profissionais especializados nesse tipo de minidocumentários, além é claro da própria população que é uma das mais ricas fontes de conhecimento.
O acesso ao segundo pavimento se dá através do anexo lateral criado especialmente para que todos usufruir dessa experiência única. Para tanto, foi instalado um elevador e uma escada no seu interior.
Para manutenção das salas de exposições, foi necessário pensar também numa sala de reserva técnica onde parte do acervo que não estará exposto possa ser armazenado de forma correto para sua preservação, e uma sala de preparação peças a serem expostas. Além de uma sala para administração, copa e lavabo acessível para funcionários.
Tanto o anexo lateral quanto o anexo posterior foram pensados para serem distintos da edificação tombado, possuindo caraterísticas típicas da arquitetura contemporânea.
Porém, ao mesmo tempo que parecem totalmente opostos, eles se complementam sendo ricos exemplares de momentos importantes da história da arquitetura brasileira.
O sobrado traz muita história em sua edificação e de tal modo percebemos a necessidade de manter ele como um espaço de história, a casa de cultura é um espaço reservado para manifestações artísticas das mais diferentes espécies que sejam direcionadas para um público geral.
Esse uso para o sobrado foi pensado para trazer movimento para o local e ele não cair em desuso novamente, a praça já é bem movimentada e com essa casa de cultura o movimento será ainda maior atraindo um público diferente para o local, trazendo essa troca de cultura entre as pessoas, sem segregar nenhum tipo de público.
A casa de cultura foi um espaço planejado pra receber diversos eventos e não é restrito a usar somente a parte interna, pelo sobrado ser em uma praça é possível usar a área externa também, integrando assim o ambiente interno com o externo, trazendo diversas possibilidades de eventos.
