Esse o protótipo de mobiliário foi desenvolvido para o 1º Prêmio de Design Instituto Tomie Ohtake Leroy Merlin. O protótipo foi escolhido como um dos 20 projetos finalistas e foi exposto na exposição de destaques do concurso no início do ano de 2019 no próprio Instituto. A temática do Concurso lançou o desafio de pensar designs que trabalhassem com a ideia do Compartilhar.
Sobre o Projeto
Para essa proposta proponho pensar a questão do compartilhar um espaço numa escala menor: o quarto! Há de se observar que na nossa realidade em algum momento da vida iremos dividir o lugar onde dormimos. Isso é uma questão comum. Seja com irmão, com o primo, com o colega de faculdade, é de se imaginar que em algum momento o espaço será dividido. E é nesse momento que diferentes modos de vida se embatem! Um gostaria de um espaço mais reservado, outro mais aberto, outro ainda muda de ideia e quer mudar totalmente o ambiente. É momento de unir diferentes vontades de habitar um mesmo espaço. E nesse ponto que coloco a questão dessa proposta: como fazer o espaço receber as diferentes pessoas e seus diferentes modos de vida? E como fazer esse espaço compartilhado ser mais dinâmico para atender as eventuais mudanças sem ser totalmente replanejado? Proponho um jogo de módulos de madeira que quando combinados geram diferentes tipos de mobiliários; como cama, mesa e beliches. Assim, atribui-se aos usuários desse espaço a decisão de escolher qual a melhor configuração para suas necessidades conjuntas, de modo que se possa atender as diferentes dinâmicas dos dormitórios compartilhados.
O princípio é que existe um módulo base que quando combinados com outros módulos possam gerar inúmeras combinações espaciais. Para melhor atender a demando do quarto hoje precisa de um beliche? Mas amanhã quer uma cama e uma escrivaninha? Ou talvez acrescentar mais uma cama? Uma prateleira? A base dessa proposta de mobiliário é que com apenas adição ou modificação de partes do módulo seja possível reconfigurar o ambiente sem que haja a obrigação de adquirir todo um novo conjunto de mobiliários.
A realidade de uma habitação compartilhada com esse mobiliário é que ela possa acompanhar as mudanças dos usuários e suas vontades. A intenção é que ao partilhar o nosso espaço mais íntimo, que é a habitação, haja uma maneira de configurar e reconfigurar para atender o pensamento de todos. Isso, pois, é de se imaginar que os espaços que abrigam nosso modo de vida recebam de alguma forma a flexibilidade das nossas relações sociais.
