CASA PARA UM ARTISTA

C A S A P A R A U M A R T I S T A

T H E A R T I S T' S H O U S E

P R O J E T O R E A L I Z A D O E M Â M B I T O D A U C P R O J E T O II

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Na proposta “Casa para um Artista” foi proposto fazer uma intervenção no interior de um edifício devoluto e transformá-lo numa casa para um artista, respeitando o seu modo de habitar. O projeto para a casa localizada em Nogueira de Regedoura, Santa Maria da Feira, deverá ser uma proposta de remodelação, onde a sua caracterização parte de materiais de acabamento necessários para uma habitação. No projeto deverão existir os espaços necessários para uma pessoa habitar, um espaço exterior delimitado pelo espaço atualmente construído e, principalmente, um espaço de trabalho em função das necessidades do artista escolhido. Uma vez que o artista escolhido para este projeto foi Jung Hoseok (J-Hope), um dançarino, rapper, compositor e produtor musical sul-coreano, dois dos espaços obrigatórios que fazem parte da organização espacial do edifício, para além do espaço exterior delimitado pelo espaço existente, é um estúdio de dança e um estúdio de música.

D E S E N H O S T É C N I C O S

A U T O C A D

Ao entrar dentro do edifício, encontra-se o desnível para deixar os sapatos e depara-se com o estúdio de dança com um mural de vinil pintado no chão, este que representa a capa do álbum do artista escolhido, e espelhos a cobrirem as paredes. Em frente, vê-se o enorme pátio, com portas de vidro de correr, constituído por uma zona de churrasco, cujo mobiliário corresponde às características da mobília asiática, e um jardim com uma fonte e uma área de descanso. Ainda na entrada, à direita, encontra-se uma peça de mobiliário complexa que contém uma porta para a casa de banho de serviço e possui um papel de divisória com a cozinha. Esta divisória contém um cabide para pendurar os casacos, prateleiras e zona de arrumação. Do outro lado, ainda nesta peça, tem a despensa da cozinha, o forno, microondas e frigorífico incorporados no seu corpo. Depara-se, em seguida, com a cozinha que possui um balcão em U e dois bancos altos para permitir ao habitante comer refeições rápidas. Em frente à cozinha, temos a sala de jantar e de estar, sendo que estes dois espaços são em open-space em relação à cozinha. Na sala de jantar temos uma mesa com seis cadeiras e na sala de estar um sofá, uma mesa baixa e um aparador com arrumação. Neste espaço aberto, encontram-se também as escadas que dão acesso ao estúdio no andar superior. O estúdio de gravação no piso 1 é composto por uma zona de descanso, prateleiras de arrumação, para as coleções que o artista faz, e uma zona de trabalho. Voltando ao andar inferior, temos uma porta que dá acesso ao hall dos quartos, constituído por um armário de arrumação. À esquerda temos o quarto principal com uma parede toda em portas de correr de vidro, que dá acesso ao jardim, e uma cama king size. Ainda neste espaço, encontra-se uma porta de correr que dá acesso ao closet e à casa de banho de uso privativo do quarto. Do lado direito, temos o quarto de hóspedes com uma porta de correr que dá acesso à casa de banho privativa.

D E S E N H O S T É C N I C O S I L U S T R A D O S

P H O T O S H O P

Após a organização espacial, definiu-se os materiais a serem utilizados no projeto. Uma vez que um dos objetivos era utilizar materiais naturais, escolheu-se a madeira de cerejeira como o material principal deste projeto. O piso é todo revestido por um soalho de madeira de cerejeira, tendo apenas duas exceções, sendo estas o desnível na entrada e o piso da cozinha que são revestidos por microcimento. O mobiliário existente na cozinha, sala de jantar e estar são de contraplacado folheado a cerejeira de modo a fazer com que o mobiliário seja um só com a arquitetura do espaço. Os rodapés são pintados a branco e as paredes são de reboco branco. As casas de banho são revestidas por painéis de cerâmica branca em 3D e os caixilhos existentes em todo o edifício, nas janelas e nas portas de correr do pátio, são de alumínio.