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Micro Revoluções - 331 Palavras

Original text - English (USA) - 331 words

Micro Revolutions

There is no pacified definition for the term "environmental education". It is a cross-sectoral subject within various disciplines, in constant improvement, whether theoretically, or on the practical actions it's magnitude allows. In these terms, the process that outbursts into planting a tree could mean environmental education, once the actions that led to it demand knowledge, which range from collecting the right seed, nurturing it according to the species' peculiarities, keeping track of it's growth, replicating as well as possible it's habitat, to carting the plant into It's final home, whenever it's ready to be moved out of the nursery. Some call that place gravel, others call it crib. The latter seems more appropriate, once gravel resembles tomb, where the mortal remains go, and that seedling will be thriving in life.

That process is, of course, prominently technical but rich on possibilities. An implemented one benefits the social reintegration of prisoners who are about to step out of the prison system, qualifying them on the cultivation of plant's seedlings native to the Brazilian savanna. Process which melds practices from both environmental and humanitarian education, that culminate in the recovery of people and degraded lands, with benefits for all society.

Something of that sort happens in Brasília, through a covenant between two public institutions that provide training to inmates who are serving a sentence, whenever they are allowed to profit from the semi-open regimen.

The inmates qualified by this covenant, as they leave prison, carry with them employability conditions, mitigating the chance of recidivism.

In a newspaper story a former inmate, who even though wasn't a part of this work, harmonized with it, talked about how important it is for society to pay attention to prisoners, giving them alternatives to the idle time in jail because if nothing is done on the outside, the "crime school" will graduate even more dangerous prisoners. That former prisoner served for eight years and, during this time, he wrote a poem book* in which he describes life inside a prison, parodying Graciliano Ramos, in his own imprisonment memories.

A pencil and a notebook took a former prisoner away from crime. A covenant between two public institutions qualified inmates, teaching them techniques for manufacturing seedlings from the Brazilian savanna, biome so endangered, that requires all the help it can get. Micro revolutions of poetry and savanna, merging for a better world.

(*) Nobre, M. E. M. Eu te amo liberdade. Brasília. Thesauros. 2015.

Translation (Tradução) - Brazillian Portuguese (Português Brasileiro) - 331 palavras

Micro Revoluções 

Não existe uma definição padronizada para o termo "educação ambiental". É um assunto intersetorial dentro de várias disciplinas, em constante aprimoramento, seja teoricamente ou nas ações práticas que sua magnitude permite. Nesses termos, o processo que explode no plantio de uma árvore pode significar educação ambiental, uma vez que as ações que levaram a isso exigem conhecimento, que varia desde a coleta da semente certa, alimentando-a de acordo com as peculiaridades da espécie, acompanhando seu crescimento, replicando da melhor maneira possível seu habitat, até transportar a planta para sua casa final, quando estiver pronta para ser removida do viveiro. Alguns chamam esse lugar de cova, outros chamam de berço. Este último parece mais apropriado, uma vez que a cova se assemelha ao túmulo, para onde vão os restos mortais, e essa muda será próspera na vida.  

É claro que esse processo é proeminentemente técnico, mas rico em possibilidades. E uma implementação pode beneficiar a reintegração social de encarcerados que estão prestes a sair do sistema prisional, qualificando-os no cultivo de mudas de plantas nativas da savana brasileira. Processo que mescla práticas da educação ambiental e humanitária, que culmina na recuperação de pessoas e terras degradadas, com benefícios para toda a sociedade. 

Algo desse tipo acontece em Brasília, por meio de um pacto entre duas instituições públicas que treinam os reclusos que cumprem pena, a partir do momento em que eles puderem lucrar em regime semiaberto. 

Os reclusos qualificados por este convênio, quando saem da prisão, carregam consigo condições de empregabilidade, mitigando a chance de reincidência. 

Em uma reportagem de jornal, um ex-detento que, embora não fizesse parte deste trabalho, harmonizou-se com ele, falou sobre a importância da sociedade prestar atenção aos prisioneiros, dando-lhes alternativas ao tempo ocioso na prisão, porque se nada for feito do lado de fora, a "escola do crime" formará prisioneiros ainda mais perigosos. Esse ex-prisioneiro serviu por oito anos e, durante esse período, escreveu um livro de poemas *, no qual descreve a vida dentro de uma prisão, parodiando Graciliano Ramos, em suas próprias memórias de prisão. 

Um lápis e um caderno levaram um ex-prisioneiro para longe do crime. Um pacto entre duas instituições públicas qualificou os presos, ensinando-lhes técnicas para cuidar de mudas da savana brasileira, bioma tão ameaçado, que requer toda a ajuda possível. Micro revoluções de poesia e savana, fundindo-se para um mundo melhor. 

(*) Nobre, MEM Eu te amo liberdade. Brasília. Tesauros. 2015. 
Micro Revoluções - 331 Palavras
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